UMA ALTERNATIVA DE LUTA E DEMOCRÁTICA PARA O SINDSAÚDE
Participamos da última eleição do Sindsaúde em 2009 e tivemos 31% dos votos. Mas não atuamos apenas nas eleições do sindicato. Participamos ativamente das greves dos servidores estaduais, contribuindo com a organização dos trabalhadores no Hospital Walfredo Gurgel, Santa Catarina e dirigindo a greve na Regional de Mossoró, onde somos direção. Também estamos à frente do Núcleo Municipal do Sindsaúde em São Gonçalo do Amarante.
Por que somos Oposição?
Em 2011, o Sindsaúde/RN completa 20 anos. Ao longo desse tempo, nosso sindicato esteve à frente de lutas importantes, cresceu em número de sócios e aumentou seu patrimônio. Por outro lado, o Sindsaúde vem sendo colocado em risco como instrumento de luta dos trabalhadores da saúde. Isto acontece por causa da grande concentração de poder e decisão em sua direção, precisamente em um pequeno grupo.
O conjunto dos servidores vem sendo excluído de decisões importantes, que dizem respeito aos seus direitos e aos recursos financeiros que são propriedade coletiva de todos.
Um caso recente é o da aceitação do calendário de férias atrasadas dos servidores estaduais sem que estes fossem consultados. Em relação ao patrimônio coletivo, houve a formação de uma cooperativa financeira com dinheiro da contribuição dos sócios nenhuma consulta aos trabalhadores. Nem mesmo houve deliberação sobre isso numa instância superior à direção do sindicato, como é a Assembleia Estadual.
Hoje, o Sindsaúde, mesmo possuindo uma base com 17 mil sócios, tudo depende de uma só pessoa. Os servidores do Estado, do município de Natal, do interior e os trabalhadores terceirizados sofrem com a falta de acompanhamento e de resposta da direção do Sindsaúde aos problemas das categorias. Essa paralisia é causada pela concentração de poder e decisões em um pequeno grupo.
Esta situação aliada, à falta de democracia, vem fazendo com que o Sindsaúde perca sócios. É o que está acontecendo com os servidores de Natal e que já aconteceu com os agentes de saúde deste município.
É urgente mudar os rumos do Sindsaúde, construindo uma direção democrática e que possibilite a formação e o fortalecimento de novos dirigentes sindicais. Assim, poderemos dar respostas às necessidades dos trabalhadores da saúde e continuar a história de luta deste sindicato.