quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Vídeo

"MOBILIZAÇÕES NA SAÚDE DEVERIAM TER COMEÇADO NO INÍCIO DO ANO", DIZ OPOSIÇÃO CSP-CONLUTAS

Nesta quarta-feira, dia 24, dezenas de trabalhadores estaduais da saúde realizaram uma mobilização em frente ao prédio da Governadoria do Estado, em Natal. Os manifestantes vieram com caravanas do interior e de hospitais da capital. O protesto cobrou da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) o pagamento de direitos atrasados e a abertura das negociações da Campanha Salarial 2011.

A Oposição CSP-Conlutas à direção estadual do Sindsaúde esteve presente e alertou que as mobilizações já deveriam ter começado desde o início do ano, junto com as demais categorias em greve. "A direção estadual do Sindsaúde perdeu um momento histórico quando se recusou a lutar com as outras categorias de trabalhadores no início do ano.", disse a assistente social e membro da oposição, Rosália Fernandes. Veja o vídeo.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Mobilização

SINDSAÚDE MOSSORÓ VAI A NATAL COBRAR DO GOVERNO DO ESTADO PAGAMENTO DE DIREITOS

A Regional do Sindsaúde de Mossoró participou nesta quarta-feira, dia 24, de uma mobilização em frente à Governadoria do Estado, em Natal. O objetivo do protesto era cobrar da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) o pagamento de direitos atrasados, como mudanças de nível e indenizações, além de abrir um canal de negociação para a Campanha Salarial 2011. A direção do Sindsaúde Mossoró levou uma caravana com 31 trabalhadores para reforçar a mobilização dos demais servidores vindos de outras cidades do interior e de hospitais da capital. A manifestação pediu ainda o aumento da jornada especial em 100% para o nível superior e em 75% para o médio. A reposição de 7,1% da inflação também foi cobrada.

Em resposta, o governo do Estado não sinalizou com propostas concretas. Apenas afirmou que até o dia 10 de setembro dirá quando vai pagar os 3% da mudança de nível, se na folha do mês de setembro ou numa folha extra. Quanto ao restante da pauta, o governo não assumiu prazos. A direção estadual do Sindsaúde deve marcar assembleias para o início do próximo mês. A Oposição CSP-Conlutas à diretoria estadual do Sindsaúde esteve presente e alertou que as mobilizações já deveriam ter começado desde o início do ano, junto com as demais categorias em greve. "A direção estadual do Sindsaúde perdeu um momento histórico quando se recusou a lutar com as outras categorias de trabalhadores no início do ano.", disse a assistente social Rosália Fernandes.

Manifestação em frente à Governadoria; MST esteve presente com pautas específicas

Militantes da Oposição CSP-Conlutas à direção estadual do Sindsaúde conversam com servidores


Caravana da Regional do Sindsaúde Mossoró

Jornada Nacional de Lutas

Marcha em Brasília reúne 20 mil manifestantes e pede investimentos em saúde, educação e reforma agrária

Trabalhadores também exigiram o fim da corrupção no governo, e prisão e confisco dos bens dos corruptos e dos corruptores

A Marcha em Brasília, atividade convocada pela Jornada Nacional de Lutas, reuniu cerca de 20 mil pessoas, segundo os organizadores, com início por volta das 10h e encerramento às 13h30. Trabalhadores de diversas categorias do país participaram da iniciativa. Entre eles, metalúrgicos, petroleiros, professores universitários, trabalhadores dos Correios, servidores públicos federais, mineradores, bancários, rodoviários, estudantes, além de integrantes de movimentos populares. Os manifestantes saíram do estádio Mané Garrincha e percorreram as ruas do centro de Brasília, finalizando o protesto em frente ao Congresso Nacional.

Audiências - Às 11h houve audiência com o secretário geral da Presidência, Gilberto Carvalho; às 11h30, a audiência foi com o presidente da Câmara Federal, Marco Maia. Às 19h, estava marcada outra com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Aires Brito. Nesses encontros, os representantes da Jornada Nacional de Lutas levaram suas reivindicações a cada um dos órgãos.

Após o encerramento do ato pelo dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Luis Carl
os Prates, o Mancha, os estudantes se dirigiram para o Ministério da Educação, onde fizeram um ato; os integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) foram para o Ministério das Cidades realizar um protesto contra os despejos que vêm ocorrendo no país devido à construção de obras da Copa do Mundo e da Olimpíada. A Via Campesina foi para o Ministério da Comunicação. Cada setor em luta, categorias em campanha salarial, está promovendo uma atividade específica por suas pautas de reivindicações. Às 15h ocorreu uma plenária pelos 10% do PIB para a Educação já!

De acordo com o dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Paulo Barela, a presença div
ersificada de categorias em luta mostrou que é possível organizar mobilizações unificadas que denunciem e apresentem alternativas à política do governo Dilma Rousseff. “É preciso que o governo deixe de governar para empresários, banqueiros e empreiteiros e atenda aos interesses dos trabalhadores do país, direcionando verbas para saúde, educação e transporte públicos, verbas para a reforma agrária”.

O protesto também exigiu o fim da corrupção no governo e prisão e confisco dos bens dos corruptos e dos corruptores. Segundo Barela, haverá continuidade dessa iniciativa. Nas próximas semanas, acontece nova reunião das entidades que participaram da organização da Jornada Nacional de Lutas, que ocorre de 17 a 26 de agosto em todos os estados do país. “O ponto alto da jornada foi a marcha em Brasília, mas antes foram realizadas passeatas, paralisações, assembleias, ocupações de terrenos e de terras e outras atividades em diversas categorias”.

O protesto nacional foi organizado pela CSP-Conlutas e diversas entidades. Entre elas, MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, COBAP – Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas, Via Campesina, MTL – Movimento Terra, Trabalho e Liberdade, Resistência Urbana, Intersindical, CNESF – Coordenação Nacional das Entidades dos Servidores Federais, CONDSEF – Confederação Nacional dos Servidores Federais, ANDES – Sindicato Nacional, FENASPS – Federação Nacional dos Trabalhadores da Saúde, Trabalho e Previdência Social, SINASEFE – Nacional, ASSIBGE – Sindicato Nacional, CPERS – Sindicato, ANEL – Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre e várias outras entidades de base de vários estados do país.

Fonte: CSP-Conlutas

Dinheiro do Sindicato é para a luta!

COOPERATIVA DE CRÉDITO DO SINDSAÚDE ESTADUAL VAI AUMENTAR ENDIVIDAMENTO DOS TRABALHADORES

Nunca o endividamento pessoal atingiu tantos brasileiros. Nem mesmo durante os dois governos de Fernando Henrique Cardoso. Na época, o endividamento representava 6% do PIB (Produto Interno Bruto). Mas foi sob o governo Lula que o endividamento dos trabalhadores deu um grande salto, registrando 15% do PIB.

Um estudo da Fecomércio de São Paulo aponta que em média 64% das famílias que vivem nas 27 capitais do país tinham dívidas, entre janeiro e maio deste ano. Em 2010, o endividamento era de 61%. A mesma pesquisa também aponta que o valor médio da dívida aumentou quase 18%: de R$ 1.298 mensais, entre janeiro e maio do ano passado, para R$ 1.527 mensais, em igual período deste ano.

A criação de uma cooperativa financeira pela direção do Sindsaúde Estadual reforça a dependência dos trabalhadores aos empréstimos. Por menor que seja a taxa de juros do sindicato, a dívida ainda será gigantesca, pois os salários são baixos e a inflação não para de subir. Ao invés de retirar dinheiro do sócio para investir num banco, que irá lhe emprestar seu próprio dinheiro a juros, o Sindsaúde deveria investir os recursos para fortalecer a organização e a luta de todos os trabalhadores da saúde. Mas isso a atual direção estadual não quer fazer.

Movimento

JORNADA NACIONAL DE LUTAS TEM PROTESTO DE TRABALHADORES E ESTUDANTES NAS RUAS DE NATAL

Manifestação exigiu do Governo Dilma a aplicação de 10% do PIB para a educação e pediu a saída de Micarla de Sousa da Prefeitura da cidade

Na tarde deste dia 19 de agosto, cerca de 90 pessoas, entre estudantes, trabalhadores e dirigentes sindicais, protestaram no Centro de Natal. O ato público teve início com uma caminhada pela Avenida Rio Branco, uma das mais movimentadas da cidade, seguindo em direção à sede da Prefeitura. Organizada pela Central Sindical e Popular - Conlutas, Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (ANEL) e diversas outras entidades, a manifestação criticou a política econômica do Governo Dilma (PT) e exigiu a aplicação imediata de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) na educação pública. O movimento #foramicarla, que pede a saída da prefeita Micarla de Sousa (PV) do comando do executivo municipal, também participou do protesto. Além dos Sindicatos dos Trabalhadores da Saúde (Sindsaúde) e da Educação (Sinte) de São Gonçalo do Amarante, estiveram presentes ainda partidos de esquerda. O ato foi parte da Jornada Nacional de Lutas, que ocorre entre os dias 17 e 26 de agosto em todo o país.

Durante toda a manifestação, com faixas, cartazes, panfletos e um carro de som, trabalhadores e estudantes denunciaram os cortes de verbas nos serviços públicos, as privatizações e a ameaça de retirada de direitos por parte do governo com o retorno da crise econômica. Os manifestantes ainda defenderam o aumento geral nos salários dos trabalhadores e o congelamento dos preços para enfrentar a inflação e combater a farra dos lucros dos empresários. O diretor do Sindicato dos Bancários, Juary Chagas, lembrou a importância das campanhas salariais neste momento. “Os bancários estão em plena campanha salarial, assim como outras categorias de trabalhadores pelo país. Os bancos lucraram fortunas nos oito anos de governo Lula e continuam lucrando agora com Dilma. Por isso, é mais do justo que os trabalhadores lutem por melhores salários.”, disse Juary.

A estudante Bárbara Figueiredo, representante da ANEL, destacou os protestos da juventude no Chile em defesa da educação. “Nesse momento, os estudantes no Chile estão realizando grandes mobilizações e enfrentamentos contra o governo para defender a sua educação. Nesse sentido, nós aqui no Brasil devemos seguir o mesmo exemplo. A campanha pelos 10% do PIB já para a educação pública é o primeiro passo.”, afirmou a estudante.

Na próxima quarta-feira, dia 24, uma Marcha de trabalhadores e estudantes irá a Brasília cobrar da presidente Dilma o investimento de 10% do PIB para a educação pública.

Resistência
Durante os dias da Jornada Nacional de Lutas, devem acontecer protestos em todo o país com o objetivo de preparar os trabalhadores para os possíveis ataques que sofrerão. Governo e empresários visam diminuir e retirar direitos com a desculpa de se prevenir da crise econômica.

Essa política já começou, com o veto do reajuste nas aposentadorias anunciado pela presidente Dilma nos últimos dias. Ao mesmo tempo em que nega melhorias salariais aos trabalhadores, o governo dá incentivos fiscais às empresas, que batem sucessivos recordes de lucros. Isso sem falar da propaganda oficial que exalta o crescimento do Brasil.

Os trabalhadores produziram a riqueza que gerou os lucros, mas não têm sequer aumento real de salários na maioria das vezes. É justo que, agora, eles cobrem o que é seu. “Se o Brasil cresceu, eu quero o que é meu!”, tem sido o lema das manifestações.
Concentração do protesto foi no Viaduto do Baldo

Caminhada percorreu a Av. Rio Branco, centro de Natal

A Oposição CSP-Conlutas à direção estadual do Sindsaúde marcou presença em defesa do SUS 100% estatal

Direção do Sinte de São Gonçalo participou da manifestação

Diretor do Sindsaúde de São Gonçalo do Amarante, Vivaldo Jr.

Socorro Alves, diretora do Sinte de São Gonçalo, ao lado de Vivaldo Jr, do Sindsaúde

ANEL esteve presente ao ato e defendeu o Fora Micarla

Manifestação exigiu do governo Dilma investimento de 10% do PIB em educação pública

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Cadê o Sindsaúde/RN?

QUEM NÃO LUTA QUER ROSALBA!

Estamos no mês de agosto e até agora os servidores da saúde não obtiveram nenhum ganho dentro da pauta de reivindicações 2011, aprovada em assembleia da categoria. Nos últimos jornais, a diretoria do Sindsaúde afirma que “SERVIDORES ESTADUAIS COLHEM PRIMEIRAS VITÓRIAS”. Ao contrário disto, nós, da OPOSIÇÃO CSP-CONLUTAS NO SINDSAÚDE, afirmamos que nada tivemos de ganhos e vitórias. Desde quando conseguir o pagamento de férias e horas extras atrasadas significa vitória?

Na realidade, o que temos são perdas, pois receber férias nove meses após terem sido gozadas não é uma vitória, e sim uma derrota. Da mesma forma ocorreu com o pagamento das indenizações referente às horas extras trabalhadas em 2010. O governo de Rosalba Ciarlini (DEM), além de não contratar todos os concursados, utiliza-se dos servidores já existentes e ainda não paga as indenizações em dia.

É um erro dar o nome de vitória a derrotas impostas pelos governos aos trabalhadores. Primeiro porque rebaixa a nossa pauta de reivindicações e, segundo, porque desarma ainda mais a categoria. Ao contrário de outros sindicatos estaduais, como os dos Médicos, da Educação, da Polícia Civil e da Administração Indireta, a diretoria do Sindsaúde Estadual nada fez para organizar os servidores nos locais de trabalho com o objetivo de fortalecê-los para lutar pela pauta de reivindicações de 2011 e enfrentar o governo.

DIREÇÃO DO SINDSAÚDE CULPA CATEGORIA POR NÃO PARTICIPAR
A última assembleia aconteceu no dia 2 de agosto. Apenas dez pessoas compareceram: 5 diretores e 5 trabalhadores da base. O tempo inteiro os diretores responsabilizaram a própria categoria por não participar das assembleias e atos públicos e por não querer lutar. Mas será que isso é verdade?

Desde que teve início a campanha salarial, ficou claro que a diretoria do Sindsaúde não acreditava no movimento e nem queria lutar. Nenhuma reunião foi feita nos setores dos hospitais para esclarecer a necessidade de lutarmos para melhorar o Plano de Cargos e Remuneração; de modificar a Lei da Gratificação de Produtividade ou mesmo lutar por condições de trabalho e contra o desabastecimento.

As assembleias são convocadas por mensagem de celular e nenhum diretor passa nos locais de trabalho com antecedência para chamar para as assembleias. Nem cartazes são colocados. Quando são, colocam com apenas um dia antes da assembleia.

A primeira reunião por local de trabalho só aconteceu no dia 4 de agosto no Hospital Santa Catarina. Nenhum cartaz foi colocado, não houve convocação prévia e mais uma vez a reunião foi esvaziada. Apenas 10 pessoas compareceram e a conclusão foi a de que estava muito difícil lutar.


A HORA DE LUTARMOS É AGORA
Diante da importância dos serviços que prestamos à população, vemos o quanto somos desvalorizados pelos governantes. Todos que nascem, vivem e morrem passam por nossas mãos necessitando de alguma assistência. Assistência essa que prestamos com muita responsabilidade e respeito, mesmo diante das dificuldades impostas pelos gestores públicos, a exemplo dos baixos salários, da sobrecarga de trabalho e da falta de condições materiais, entre outros problemas.

Através desta reflexão, estamos denunciando e exigindo que nossos salários sejam reajustados não só com base no reajuste do mínimo e na inflação, mas também baseado em perdas crônicas e progressivas que tivemos ao longo dos anos. Por isso, chamamos a categoria para lutarmos contra esses governantes intransigentes que estão aumentando seus próprios rendimentos de forma abusiva e defasando os salários dos que realmente trabalham. Como nossas necessidades não são atendidas, somos obrigados a nos endividarmos fazendo empréstimos bancários, o que só piora a nossa situação.

Apesar da falta de disposição da diretoria do Sindsaúde em estimular a luta, a Oposição CSP-Conlutas no Sindsaúde propõe retomarmos a campanha salarial com força e obrigar o governo a negociar com os servidores, como fez com os médicos. Para isto, propomos construir a greve na saúde para setembro. Assim, estamos convocando a categoria para participar de uma mobilização na Governadoria, no dia 24 de agosto, e de uma assembléia, no dia 1º de setembro.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Absurdo

PREFEITURA DE SÃO GONÇALO TRANSFORMA CENTRO DE ZOONOSES EM DEPÓSITO DE PNEUS E GERA FOCOS DE DENGUE


Comunidade de Canaã, São Gonçalo do Amarante/RN, 11 de julho de 2011. A imagem que o diretor do Sindsaúde, Vivaldo Dantas, presenciou no local onde deveria funcionar o Centro de Zoonoses do município era inacreditável. No terreno que pertence ao espaço destinado ao centro, centenas de pneus estavam amontoados e expostos ao ar livre sem nenhum tipo de proteção. E o pior: dezenas deles tinham água acumulada e apresentavam focos de dengue. Segundo informações, os pneus são trazidos de outros lugares do município e depositados no local por orientação da Prefeitura, através da Coordenação de Endemias.

A denúncia foi feita por moradores da própria comunidade, que estão assustados com o perigo que a situação vem causando. Dona Izaurina dos Santos, de 82 anos, moradora do Canaã, contou que os pneus estão no lugar há mais ou menos dois anos. Ela informou também que a casa em frente ao Centro de Zoonoses pertence
ao filho dela e que ele decidiu colocar o imóvel à venda. “O meu filho saiu daqui com cinco crianças pequenas porque os meninos estavam adoecendo. Dois netos meus tiveram dengue e eu já tenho outra neta aqui que tá com os sintomas. Isso é responsabilidade do prefeito, que tem que tirar esses pneus daqui.”, disse dona Izaurina.

A jovem Teresa Raquel, de 24 anos, neta de dona Izaurina e também moradora da comunidade, disse que os pneus representam um risco para a população. “Isso daí é um risco. Esses pneus estão gerando o mosquito da dengue e prejudicando a saúde da população toda. Eu quero que a Prefeitura tome uma providência porque, inclusive, o coordenador de endemias, Flávio Tinoco, disse que aqui não tinha risco nenhum, que a gente fica
sse despreocupada. Mas não é o que está acontecendo. Aí tá cheio de mosquitos da dengue como vocês puderam comprovar.”, denunciou Teresa.

RN tem mais de 15 mil casos de dengue
No dia 1º de julho, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou o mais recente boletim da dengue, com dados coletados até o último dia 25 de junho. Em todo o Rio Grande do Norte foram notificados 15.722 casos da doença. Deste número, 5.656 foram confirmados.

Noventa e nove municípios do estado estão com incidência alta em dengue. Entre eles está São Gonçalo do Amarante, com 513 casos notificados. Do início do ano até agora, já ocorreram 34 óbitos no RN com suspeita de dengue. Doze mortes foram confirmadas. “O prefeito de São Gonçalo do Amarante, ao invés de contribuir para diminuir os casos crescentes de dengue no RN, está trazendo os focos para dentro da cidade. Não adianta de nada o agende de endemias fazer seu trabalho, tratando as casas no dia a dia, quando o principal responsável pela proliferação do mosquito é o próprio prefeito.”, afirmou Vivaldo Dantas, diretor do Sindsaúde.

O Centro de Zoonoses, que deveria combater o Calazar, está desativado. Informações dão conta de que, na verdade, ele nunca chegou a funcionar. Enquanto isso, a população fica exposta a todo tipo de doenças.

Agentes de Endemias amargam condições precárias de trabalho
Para combater a dengue em São Gonçalo, os agentes de endemias realizam verdadeiros sacrifícios. Muitos deles trabalham sem material de segurança e de expediente. É constante a falta de luvas, máscaras, lanternas, botas, fardamento, lápis, protetor labial e boné.

Como se não bastasse isso, os agentes ainda recebem o pior salário entre os municípios da Grande Natal. Mesmo São Gonçalo possuindo a 4º maior arrecadação do Estado, cerca de R$ 90,9 milhões (dados do Tesouro Nacional), a Prefeitura paga apenas R$ 545 de salário-base aos trabalhadores que lutam para combater a dengue na cidade. Doença que o prefeito, inclusive, está ajudando a espalhar.

Para se ter uma ideia de como é baixo o salário do agente de endemias, basta olhar o município de Extremoz. Com uma arrecadação de R$ 23,4 milhões, a cidade pagava no ano passado R$ 800 de salário-base a seus agentes. Ainda é um valor baixo, mas consegue ser bem maior do que o de São Gonçalo.

Abaixo, veja o vídeo feito no local.


terça-feira, 5 de julho de 2011

Sindicato

OPOSIÇÃO CSP-CONLUTAS APRESENTA BALANÇO DO II CONGRESSO EXTRAORDINÁRIO DO SINDSAÚDE-RN

Nos dias 20 e 21 de maio, ocorreu em Caicó o 2º Congresso Extraordinário do Sindsaúde-RN. Com a participação de 314 delegados (as), os congressistas tiveram a tarefa de aprovar um novo estatuto para a entidade. Foram inscritas duas teses com um conjunto de propostas: a Tese 1, da diretoria do Sindsaúde, e a Tese 2, da Oposição CSP-Conlutas no Sindsaúde.

O congresso é a maior instância do nosso Sindicato, é nele que as principais decisões sobre a entidade e a categoria são tomadas. Sendo assim, todas as vezes que ocorram congressos deve haver um tempo de conhecimento prévio das teses para que a base possa debater e participar das decisões. Infelizmente, não foi o que aconteceu no 2º Congresso Extraordinário.

Os congressistas conheceram as teses no dia do congresso e em um dia e meio tiveram que votar propostas importantes para a categoria e para entidade. E o que poderia significar um avanço na democracia e na participação da base não aconteceu. Mesmo assim, houve as votações das teses e o estatuto da entidade foi alterado.

CONGRESSO ACABOU COM A SECRETARIA DE AGENTES DE SAÚDE
O fim da Secretaria de Agentes de Saúde pegou a maioria dos congressistas de surpresa. Nem a oposição adivinhou que a diretoria do Sindsaúde poderia sair com uma proposta desta. Na nossa avaliação, a única explicação para esta atitude é o enfraquecimento cada vez maior desta categoria dentro do Sindsaúde e a sua migração para outros sindicatos, como já está acontecendo em Natal.

Como retirar da organização de um sindicato a secretaria que pensa e constrói a luta dos agentes de saúde? O argumento utilizado pela direção do Sindsaúde foi o de que hoje esta categoria é igual às outras. Isso não é verdade. Muitos agentes ainda são da CLT, enquanto os servidores são estatutários, e quando são estatutários recebem baixos salários e não têm todos os direitos garantidos. Como equiparar a situação dos agentes de saúde com a de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem? Não são iguais e precisam muito do apoio e do fortalecimento do Sindsaúde nas suas lutas.

Com esta atitude, a diretoria do Sindsaúde abre as portas da entidade para que os agentes de saúde ingressem no Sindas. Este foi o sentimento dos agentes de saúde do Seridó, de Mossoró e da maioria das outras regiões que viram perplexas o plenário do congresso extinguir a Secretaria de Agentes de Saúde. É lamentável!

PROPOSTAS DA TESE 2 QUE DEIXARAM DE SER APROVADAS

• A criação de três coordenações para descentralizar o poder de comando do Sindsaúde, que hoje é dirigido por um único diretor;

• O conhecimento prévio pela base das teses inscritas nos congressos num período de 3 meses;
• A participação da base nas comissões de organização dos congressos;
• A eleição do Conselho Fiscal através de uma lista nominal e não integrada às chapas para dar mais autonomia e independência na fiscalização das contas do Sindicato;
• O aumento do repasse para as coordenadorias regionais de 50% para 60%, possibilitando descentralizar recursos da diretoria estadual para que as regionais possam ter melhores condições de funcionamento, assessorias de comunicação, assessoria jurídica, transporte, entre outros;
• A criação de uma secretaria dos servidores de Natal para que esta tivesse mais autonomia e organização para dar respostas às necessidades desta categoria, uma vez que os mesmos diretores que encaminham as lutas do estado também têm a tarefa de encaminhar as de Natal.

Nossa Tese apresentou propostas que não foram acatadas pela maioria dos congressistas, mas que sabemos que a falta de conhecimento prévio e de debate na base foram definidores para que estas propostas não passassem e para que a diretoria do Sindsaúde aprovasse a maioria das suas propostas.

A falta de democracia marcou todo o processo de organização do congresso. Já na sua convocação os sócios só ficaram sabendo da sua realização trinta dias antes do congresso. As assembleias para escolha de delegados só foram divulgadas dois dias antes de acontecerem. Assim, trabalhadores que não estavam de plantão nos dias não tiveram oportunidade de se organizar e disputar as vagas do seu local de trabalho.

No entanto, enquanto a maioria só soube das assembleias para escolha de delegados (as) dois dias antes, os diretores do Sindicato já se articulavam pessoalmente com alguns sócios, coletando nomes e documentos para assegurar a sua ida para o congresso um mês antes. De fato, se utilizaram de informações privilegiadas para já garantirem sua maioria no congresso.

A ausência de debate das teses na base das categorias e a falta de transparência e democracia na escolha dos delegados foram as táticas utilizadas para garantir a maioria no congresso. Afirmamos isto com convicção, pois jamais a base seria a favor de, por exemplo, acabar com a secretaria de agentes de saúde num momento em que o Sindsaúde disputa esta categoria com outros sindicatos.

Enquanto o debate sobre os rumos do Sindsaúde não forem descentralizados para as bases dos trabalhadores, nenhum congresso poderá ser chamado de democrático, pois os delegados que lá estiveram só conheceram as propostas das teses no dia do congresso e já tiveram que tomar decisões pelos 17 mil sócios que representavam. De fato, não representaram a sua base, mas a si mesmos.

COOPERATIVA DE CRÉDITO
Um dos pontos do debate que ocorreu no congresso foi a denúncia que representantes da Tese 2 fizeram sobre a falta de democracia nas decisões de questões importantes que atingem os sócios do Sindsaúde, como o caso da decisão da diretoria de participar da criação de uma cooperativa financeira que terá como objetivo gerar lucro para o sindicato, funcionando como um banco. Esta decisão se deu sem discussão com a base, demonstrando que a atual diretoria do Sindsaúde não tem nenhum respeito pelo que pensa o conjunto dos trabalhadores. Esta discussão forçou a aprovação de uma proposta da Tese 2, que estabeleceu que qualquer investimento financeiro e compra de bens do sindicato deve ser decidido em assembleia estadual mobilizada com um mês de antecedência.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Denúncia

RESGATANDO A VERDADE SOBRE A ÚLTIMA ELEIÇÃO DO NÚCLEO DO SINDSAÚDE DE SÃO GONÇALO


Após a divulgação da matéria “Eleições do Núcleo do Sindsaúde de São Gonçalo do Amarante ocorrem de forma antidemocrática” no Jornal Sindnotícias de maio de 2011, a Diretoria do Núcleo do Sindsaúde São Gonçalo vem por meio desta nota RESGATAR A VERDADE SOBRE A ÚLTIMA ELEIÇÃO DO NÚCLEO DE SÃO GONÇALO.

O resultado eleitoral que deu à Chapa 1 uma maioria de 77% dos votos válidos demonstram a avaliação da base sobre a diretoria. A última direção do Núcleo do Sindsaúde enfrentou três anos da gestão do prefeito Jaime Calado (PR), com muitos ataques aos direitos dos servidores, perseguições e falta de diálogo. Mas a categoria reconheceu que esta direção não fugiu à luta. Enfrentou de todas as formas os ataques: com greves, com atos públicos, com denúncias, armando-se com assessoria jurídica, fortalecendo a sua comunicação com os servidores, mas sobretudo mantendo-se independente deste e de todos os governos que atacam os trabalhadores

Calúnia da direção estadual do Sindsaúde
O método de calúnia aplicado pela diretoria estadual do Sindsaúde e difundido pelo seu jornal só serve ao objetivo de disputar de forma desonesta a direção do Núcleo e, com isto, enfraquecer a Oposição CSP-Conlutas no Sindsaúde que se coloca como alternativa para dirigir o Sindsaúde Estadual. De outra forma, não entenderíamos por que os principais dirigentes do Sindsaúde estadual passaram 8 dias em São Gonçalo do Amarante para disputar 304 votos, enquanto a maioria dos servidores estaduais, como professores, policiais e servidores da administração indireta estavam fazendo greves em defesa dos seus direitos e por reajuste salarial. E a saúde? Nada.

O outro objetivo da direção do Sindsaúde Estadual é armar a imprensa da Prefeitura, que se apropriou destas calúnias ditas no Sindnotícias para atacar o Núcleo de São Gonçalo, como aconteceu no Jornal O São-gonçalense de 31 de maio de 2011. É o “fogo amigo” fortalecendo o prefeito Jaime Calado, inimigo principal dos servidores.

As condições desiguais entre as duas chapas
Concordamos que houve desigualdade entre as duas chapas, as condições das duas chapas foram bastante diferenciadas. A Chapa 1 fez sua campanha com a ajuda financeira de sindicatos que apoiaram a chapa.

Já a chapa 2 contou com todo apoio político e financeiro da diretoria estadual do Sindsaúde. Foi o que vimos na campanha e também na eleição. Os carros do Sindaúde foram amplamente utilizados pela chapa 2 para fazer sua campanha. Na eleição, dois dos três carros rodaram com membros da chapa 2 e diretores estaduais.

Perguntamos: a chapa 2 tem mais “direitos” que a chapa 1? Quem financia o Sindsaúde não são todos os sócios? Cabem privilégios para uns? Dizemos que não. A atual direção do Sindsaúde utiliza o patrimônio do sindicato não por critérios democráticos, mas de forma tendenciosa como também ficou claro na eleição da Regional de Mossoró, onde os carros estavam à disposição da chapa apoiada pela diretoria estadual, com a diferença de que cobriram o nome do sindicato na porta do automóvel. Em São Gonçalo, nem este “cuidado” foi verificado.

É importante esclarecer que as campanhas de chapas que disputam os sindicatos devem procurar ajuda financeira de outras entidades e fazer campanha financeira com rifas, festas, etc. e não utilizar os recursos do sindicato. A utilização de recursos do Sindicato para apoiar qualquer chapa que dispute as eleições só deve ser feita se for aprovada pelo menos na direção do sindicato e distribuída de forma igual. Todas as chapas devem receber a mesma ajuda financeira e não privilegiar apenas uma chapa. Do contrário, não seremos diferentes dos governos que se utilizam dos recursos públicos para suas campanhas eleitorais.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Rede Estadual de Educação

Parada do Orgulho LGBT: a necessidade da politização

Aumenta a pressão pela politização da maior manifestação pelos direitos LGBT’s do mundo. Houve avanços, mas é preciso mais


A edição 2011 da Parada do Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e travestis e transexuais) de São Paulo contou, no domingo, dia 26 de junho, com a participação de uma multidão calculada em 3 milhões de pessoas, apesar da incessante chuva que caiu sobre a capital paulista desde a manhã e se intensificou no início da tarde.

Convocada pela Associação da Parada sob um lema de gosto e conteúdo questionáveis – “Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia” – o evento tinha como um de seus principais objetivos, segundo a ONG que o organiza, “pedir uma trégua aos setores religiosos contra iniciativas que garantem os direitos para a comunidade LGBT”, particularmente a aprovação da PLC 122, que criminaliza a homofobia e vem sendo bloqueado pela chamada bancada evangélica no Congresso.

Como criticamos há anos, mais uma vez, em função do formato e da política adotados pela Associação, a Parada foi marcada por um tom excessivamente “carnavalesco”, que muito destoa das origens do movimento, que tem em suas raízes a Rebelião de Stonewall, ocorrida em 28 de junho de 1969, em Nova York.

O problema está longe de ser o tom festivo do evento, já que gays, lésbicas, bissexuais e travestis e transexuais têm, sim, o direito não só de se divertir mas, acima de tudo, de se expressar de acordo com seus padrões de cultura e comportamento.

O que sempre criticamos, e continuaremos fazendo, é o fato de que o evento seja organizado em função dos gigantescos “trio-elétricos” colocados na rua por boates e empresas que lucram com o “pink money”. Uma opção que, ao lado das alianças políticas (com a prefeitura, os governos estadual e federal), contribui em muito para a despolitização do evento, na medida em que praticamente inviabiliza manifestações e protestos.

Uma crítica que, felizmente, começa a ser compartilhada cada vez por mais gente, o que, talvez, tenha sido a “grande” novidade da Parada deste ano.

“Uma luta que se faz nas ruas”
Um “detalhe” para o qual os organizadores do evento não fizeram muita questão de chamar atenção é o fato de que o “bloqueio” imposto pela bancada evangélica foi vergonhosa e escandalosamente negociado pela presidente Dilma, em troca de votos na tentativa de salvar o pescoço corrupto de Palocci.

Um fato que foi lembrado por José Maria de Almeida, que falou em nome da Central Sinsical e Popular - Conlutas no principal carro de som, na abertura da Parada:
“As negociatas de Dilma, a postura reacionária de gente como Bolsonaro e amplos setores do congresso demonstram que não podemos confiar neste caminho para a conquista dos direitos que os homossexuais precisam e merecem. A luta contra a homofobia, que vitima cada vez mais jovens nas ruas de São Paulo, também não depende de quem está em cima destes carros de som. Esta é uma luta que se faz nas ruas”.

Cabe lembrar que o mesmo Zé Maria foi um dos companheiros que foi agredido e detido (juntamente com outros militantes da central) na edição 2008 da Parada, quando, por iniciativa da Associação, a polícia foi convocada para retirar o carro de som que havia sido organizado pela entidade.

Este ano, contudo, o presidente da Associação, Ideraldo Beltrame, esteve na sede da CSP-Conlutas para convidar a entidade para o evento. Uma mudança de postura que reflete, em primeiro lugar, o justo reconhecimento da atuação da entidade, através de seu setorial LGBT, nas muitas manifestações que foram organizadas nos últimos meses contra os ataques homofóbicos.

Mas, também, só pode ser explicada pela crescente pressão por mudanças no “tom” e formato da Parada de São Paulo. Algo ressaltado até mesmo por um vídeo da TV UOL, intitulado “Homossexuais criticam tom "carnavalesco" da Parada Gay”, que circulou amplamente pela Internet.

Foi esse mesmo questionamento que levou o grupo Anti-Homofobia, que se organizou através do Facebook, não só a promover diversas manifestações desde o final de 2010, como também a participar da organização, nesta Parada, de um “bloco”, com o objetivo de conquistar um espaço para manifestação política e para o protesto no interior da Parada.

Um objetivo que, segundo Felipe Oliva, do “Anti-homofobia” foi plenamente atingido:
“Apesar de ‘pequena’ no meio deste mar de gente, nossa participação é importante. Conseguimos, através de nossas falas, não só levar o debate político para os milhares que estavam ao nosso redor, atingindo inclusive um público que não tem acesso às redes sociais na internet”.

Os militantes da CSP-Conlutas, por compartilharem deste mesmo objetivo, se localizaram durante a Parada junto ao carro de som organizado pelo “bloco” e o companheiro Guilherme Rodrigues, lamentavelmente, vítima de uma das muitas agressões homofóbicas que pipocaram em São Paulo, no início do ano, foi convidado a falar no carro de som.

Falando também em nome do setorial LGBT da CSP-Conlutas, Guilherme lembrou:
“Hoje é dia de festa, porque a gente tem orgulho de ser o que é. Mas, também, é dia de luta, porque não podemos esquecer todos aqueles e aquelas que foram assassinados, que sofreram ou foram humilhados, exatamente porque somos o que somos. Mas, acima de tudo, é dia de luta. É dia de resgatar o espírito de Stonewall e de lembrar que a luta contra a homofobia não pode servir como moeda de troca para salvar políticos safados, nem pode ser pisoteada por fascistas e reacionários. Por isso, estamos aqui para celebrar o pouco que conquistamos, mas, acima de tudo, para demonstrar nossa disposição de seguir lutando até que tenhamos todos os direitos que precisamos e merecemos”.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Fora Micarla!

Ocupação da Câmara Municipal de Natal já dura uma semana

Desde o último dia 7, dezenas de estudantes mantêm uma ocupação pacífica, exigindo a instalação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar contratos feitos pela Prefeitura de Natal.

A capital do Rio Grande do Norte tem vivido dias de Egito. Desde o último dia 7, dezenas de estudantes mantêm uma ocupação pacífica na Câmara Municipal de Natal. Os manifestantes exigem a instalação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar os contratos feitos pela Prefeitura, que estão sendo averiguados pelo Tribunal de Contas do Estado e pelo Ministério Público por suspeita de superfaturamento. Hoje, o pátio da Câmara de Vereadores já se transformou na Praça Tahir do movimento “Fora Micarla!”, que também pede a saída da prefeita Micarla de Souza (PV) do comando do executivo.

Surgido de maneira espontânea, tendo à frente a juventude de Natal, o movimento começou a se formar ainda na luta contra o aumento na tarifa de ônibus no início do ano e ganhou força à medida que absorveu outras reivindicações. Entre as principais, estão a luta contra a privatização e terceirização das unidades de saúde, o abandono da educação pública, a desvalorização dos servidores e o completo descaso com os serviços mais básicos, como a coleta de lixo e a manutenção das vias.

Criminalização do movimento
Embora pacífica e respaldada pela população, a ocupação pelo “Fora Micarla” vem sofrendo com a criminalização do movimento e com constantes ameaças de intervenção policial. A Câmara de Vereadores, através do advogado da Prefeitura, entrou com um mandado de segurança contra o salvo conduto concedido pelo juiz da 7ª Vara Criminal, que autorizou os manifestantes a permanecerem na Câmara Municipal. O desembargador Dilermando Mota chegou a atender ao pedido da Câmara e a permitir o uso da polícia para retirar os manifestantes, mas a comissão jurídica dos estudantes e a OAB, que tem apoiado o movimento, conseguiram suspender temporariamente a decisão.

Entretanto, o clima de tensão é constante, já que a todo o momento os ocupantes são surpreendidos com novos pedidos da Câmara Municipal à Justiça para que os estudantes sejam retirados. Além disso, o presidente da Casa, Edivan Martins (PV), se recusou a assinar um acordo no qual se comprometeria com a realização de uma audiência pública para discutir os contratos do município e a instalação da Comissão Especial de Inquérito (CEI). Caso a presidência da Câmara aceitasse e cumprisse imediatamente o acordo, os manifestantes estariam dispostos a desocupar o prédio.

Solidariedade na luta
Para reforçar o movimento “Fora Micarla!”, os estudantes têm recebido apoio de sindicatos, centrais sindicais, entre elas a CSP-Conlutas, e outros movimentos sociais, como o MST e o MLB (Movimento de Luta por Bairros). A Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (ANEL) tem estado presente desde o começo. Durante o dia, centenas de pessoas passam pela ocupação, levando solidariedade e apoio material aos ocupantes. Desde que teve início, com a realização de grandes manifestações pelas ruas da cidade, o movimento “Fora Micarla!” vem ganhando força e construindo uma unidade com diversas categorias de trabalhadores em luta.

A perspectiva dos estudantes é aumentar o número de pessoas na ocupação em defesa do impeachment da prefeita Micarla com o reforço de setores dos movimentos sociais. Entretanto, a postura do PT tem sido a de desocupar a Câmara Municipal com a garantia apenas da realização da audiência pública e da instalação da Comissão Especial de Inquérito. “O PT tem como objetivo institucionalizar a luta do movimento, jogando peso na Comissão Especial de Inquérito e desmobilizando a ocupação dos estudantes e a luta nas ruas. Isso só irá fortalecer os vereadores de oposição à prefeita para as eleições de 2012. É preciso, na contramão dessa política, reforçar a ocupação em torno da defesa do Fora Micarla e de todas as pautas do movimento, e não centrar nossas forças na via institucional.”, defendeu Wilson Silva, militante da ANEL.

Prefeita chama manifestantes de golpistas
Em entrevista coletiva nesta terça-feira (14), a prefeita de Natal, Micarla de Souza, tentou desqualificar o movimento acusando-o de “golpista”. “A prefeita é rejeitada por quase 90% da população, segundo pesquisas recentes. A cidade está um caos. O povo não tem acesso à saúde, educação e transporte de qualidade. Aqui, nesta ocupação, estão presentes estudantes, trabalhadores, sindicatos, movimentos sociais. Onde está o golpe?! O impeachment de Collor foi um golpe por acaso?! O movimento é legítimo porque não suporta mais essa situação em Natal. Se alguém deu golpe, foi a prefeita.”, afirmou Wilson Silva.

Neste momento, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o Ministério Público investigam uma série de irregularidades nos contratos feitos pela Prefeitura, principalmente os referentes aos aluguéis do município. As primeiras investigações apontam indícios da existência de contratos sem prazo de vigência ou forma de pagamento ao locatário do imóvel. Também estão em fase de apuração contratos em que prédios da Prefeitura de Natal, marcados como próprios, são alugados pela própria administração.

Solidariedade

Natal faz ato público em solidariedade aos bombeiros do RJ

A última sexta-feira, dia 10, fez o vermelho ressurgir como a cor da luta de todos os trabalhadores. Em solidariedade aos 439 bombeiros presos a mando do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), foi realizado um ato público no Calçadão da Rua João Pessoa, no centro de Natal. A manifestação que exigia a liberdade e anistia daqueles trabalhadores – aprisionados por lutarem por melhores salários e condições de trabalho – contou com a presença das Associações de Bombeiros e Policiais Militares do Rio Grande do Norte, sindicatos, partidos de esquerda e a CSP-Conlutas. Todos os manifestantes foram ao ato vestidos de vermelho.

Em nota distribuída durante a manifestação, as Associações Representativas dos Policiais e Bombeiros Militares do RN expressaram apoio e solidariedade à luta de seus companheiros do Rio. “A luta dos profissionais fluminenses por condições mínimas de trabalho e salários dignos reflete a realidade da categoria em todo o país: trabalhadores que arriscam suas vidas para salvar a população têm sido abandonados há décadas pelos sucessivos e irresponsáveis governos. Por isso, a luta dos bombeiros do RJ também é nossa, pois conhecemos de perto o descaso com os servidores da segurança pública e a criminalização contra aqueles que ousam denunciar as precárias condições de trabalho.”, diz trecho da nota.

Para Rodrigo Maribondo, presidente da Associação dos Bombeiros do RN, é preciso apoiar as ações realizadas pelos bombeiros do Rio. “O Rio Grande do Norte está aqui se manifestando publicamente e levando à sociedade a necessidade de se apoiar as ações dos bombeiros do Rio de Janeiro, que estão apenas reivindicando seus direitos. Depois da liberdade conseguida através de um habeas corpus, é preciso agora reivindicar a anistia de todos os envolvidos no processo reivindicatório e a abertura da negociação salarial. Mesmo porque a proposta sinalizada pelo governador é ridícula e não atende aos interesses da corporação.”, declarou Maribondo.

Sobre a necessidade de desmilitarização das corporações, o presidente da Associação de Bombeiros foi taxativo: “Nós entendemos que Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar não deveriam nunca ser militares. O Corpo de Bombeiros, por exemplo, tem o papel de socorrer, salvar e preservar bens. Não há razão para ser militar. Só somos militares porque herdamos uma estrutura das forças armadas.”, disse.

Em resposta aos insultos do governador Sérgio Cabral aos bombeiros do RJ, o professor e militante da CSP-Conlutas no Rio Grande do Norte, Dário Barbosa, afirmou que covardes são aqueles que não respeitam os trabalhadores. “Os que pagam baixos salários, desrespeitam direitos básicos e reprimem aqueles que lutam por melhores condições de vida e trabalho é que são os verdadeiros vândalos e bandidos. Estes, sim, são os covardes.”, destacou Dário.

Denúncias
O ato público em Natal também serviu para revelar uma série de denúncias sobre as péssimas condições de trabalho dos bombeiros do Rio Grande do Norte. As informações mostram o descaso do governo com esse importante serviço prestado à população, assim como a irresponsabilidade com a segurança daqueles que tem a missão de salvar vidas. Ao todo, o RN dispõe de apenas 656 bombeiros para atender ocorrências em 167 municípios. Somente as cidades de Natal, Mossoró, Caicó e Pau dos Ferros possuem uma unidade da corporação, quando o ideal seria que cada município com mais de 25 mil habitantes possuísse uma unidade.

De acordo com a ONU, deveria haver um bombeiro para cada 100 mil habitantes. Se essa orientação mínima fosse seguida, o Rio Grande do Norte teria cerca de 3.300 bombeiros, já que a população do Estado ultrapassa os três milhões. Em Natal, a corporação sofre com o número insuficiente de caminhões de socorro e com a falta de investimentos em materiais de trabalho. Para se ter uma ideia do descaso, basta afirmar que as capas de aproximação (equipamento usado pelos bombeiros no combate a incêndios) possuem três anos de vida útil, e em Natal todas as que são usadas já estão vencidas.

Como em todos os serviços públicos, os atuais governos demonstram uma dupla irresponsabilidade diante do Corpo de Bombeiros: não se importam nem com os servidores nem com quem precisa do serviço.

Lutas

SINDSAÚDE DE SÃO GONÇALO CONVOCA AGENTES DE SAÚDE PARA RETOMAR AS LUTAS

Os agentes comunitários de saúde e os agentes de combate às endemias
de São Gonçalo do Amarante recebem o pior salário da Grande Natal. Sindicato convoca assembleia para debater plano de lutas.

O prefeito Jaime Calado, do PR, negou todas as reivindicações dos agentes de saúde e ainda implantou uma Gratificação de Produtividade que mais humilha do que gratifica a categoria. O valor representa apenas 40% do que recebe um servidor de nível médio e elementar. Ou seja, enquanto um técnico de enfermagem e um ASG de uma unidade de saúde recebem mensalmente R$136,40, os agentes de saúde recebem o equivalente a R$ 55,00 por mês.

Difíceis também são as condições de trabalho dos agentes de saúde, que há dois anos não recebem fardamento, nem possuem todos os equipamentos para fazer o tratamento dos focos do Aedes Aegypti. Além disso, ainda falta material de expediente e EPIs, sem contar que os agentes estão constantemente adoecendo.

Apesar das reivindicações do Sindsaúde, o prefeito se mostrou insensível a esta categoria, demonstrando que não reconhece e nem dá valor a estes importantes trabalhadores. Por isso, o Sindsaúde convoca mais uma vez os Agentes Comunitários de Saúde e os Agentes de Endemias a se organizarem e lutar para conquistar melhores condições salariais e de trabalho.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Fora Micarla!

Estudantes voltam às ruas de Natal para exigir impeachment de prefeita

"Fora Micarla! Fora Paulinho! Arruma a mala e vai saindo de fininho!". Essa foi uma das palavras de ordem mais cantadas pelos cerca de 300 estudantes que protestaram nas ruas de Natal na manhã desta terça-feira, dia 7. Nem mesmo a forte chuva impediu os manifestantes de realizar a terceira passeata exigindo o impeachment da prefeita Micarla de Sousa (PV) e de seu vice, Paulinho Freire. Nos últimos dias, sem ter a chuva para atrapalhar, as duas primeiras manifestações do movimento “Fora Micarla!” reuniram uma média de 2500 pessoas, entre trabalhadores e estudantes.

Os protestos vêm pedindo a saída da prefeita diante do quadro caótico em que se encontra a capital do Rio Grande do Norte. São ruas esburacadas, praias poluídas, coleta de lixo irregular, escolas funcionando precariamente, serviços de saúde sendo privatizados e servidores mal remunerados. Após uma caminhada pelo centro da cidade, com direito à parada em frente à sede da Prefeitura, os estudantes seguiram até a Câmara de Vereadores, onde mantêm uma ocupação neste momento.

Ocupar e resistir
O protesto seguiu até a Câmara Municipal de Natal com o objetivo de pressionar os vereadores a iniciarem o processo de impeachment da prefeita Micarla. Com muita irreverência, faixas, cartazes e narizes de palhaço, os estudantes ocuparam o auditório do prédio aos gritos de “Fora Micarla!”. Separados do plenário da Câmara por uma proteção de vidro, os manifestantes exigiam que os vereadores se posicionassem sobre o impeachment. Sob um coro de vaias e muito protesto, o presidente da Casa, vereador Enildo Alves, decidiu encerrar a sessão. Ele ainda classificou o movimento como baderneiro e anti-democrático.

Depois de encerrada a sessão, os estudantes resolveram manter a ocupação com um acampamento no pátio da Câmara. “O entendimento do pessoal é manter a ocupação sem previsão de sair. Também queremos construir um grande ato com todas as centrais sindicais, sindicatos e entidades estudantis para fortalecer o movimento e ter mais visibilidade diante da população. De acordo com vereadores da oposição, a abertura do processo de cassação do mandato da prefeita poderia ser iniciada com o recolhimento de 15 mil assinaturas. A gente só pretende sair daqui quando conseguir o impeachment da prefeita. E nós não vamos parar por aí”, disse o estudante e militante da ANEL Luiz Lima.

"Ô, ô, ô Micarla! Não fuja não! A juventude vai fazer revolução!"
Embalados pelas revoluções em curso no Oriente Médio e Norte da África, com forte participação da juventude, os estudantes de Natal mostraram disposição para fazer história com o movimento pela derrubada da prefeita Micarla. Nas ruas da cidade ou na ocupação da Câmara, os manifestantes repetiam numa só voz um aviso em forma de palavra de ordem. "Ô, ô, ô Micarla! Não fuja não! A juventude vai fazer revolução!", cantavam.

Apoiando o protesto desde seu início, a professora Amanda Gurgel também defendeu o impeachment da prefeita. “Não somos obrigados a engoli-la porque ela foi eleita. Mandatos deveriam ser revogáveis. Se não presta, rua. E Micarla não presta para governar Natal”, destacou Amanda.

Os manifestantes estão se organizando para coletar as 15 mil assinaturas, o que equivale a 3% do eleitorado de Natal. Em seguida, o objetivo é apresentar o pedido de impeachment formalmente à Câmara Municipal. Dessa forma, mesmo a contragosto, os vereadores serão obrigados a votar o afastamento da prefeita Micarla de Sousa. "Mas não basta pedir o impeachment da prefeita. Nós também não queremos o vice Paulinho Freire. É preciso derrubá-los nas ruas", defende Amanda.

Denúncia

SUSPEITA DE TRANSFERÊNCIA DA OBSTETRÍCIA DO HOSPITAL DE ASSÚ DEIXA SERVIDORES EM ALERTA

Os servidores do Hospital Dr. Nelson Inácio dos Santos, em Assú, estão em alerta por causa de uma suspeita que ronda os corredores do local. De acordo com servidores do hospital, circula um “boato” de que o setor de Obstetrícia estaria ameaçado de ser transferido para uma clínica privada do município. Segundo informações, o principal interessado na mudança seria um médico que trabalha como clínico geral no hospital de Assú e seria sócio majoritário da referida clínica.

Embora não haja nenhuma informação oficial sobre uma possível transferência da Obstetrícia, os servidores ficaram preocupados com a medida, que significaria o fechamento do setor. A clínica privada já possui convênio com o SUS e seria beneficiada com mais recursos públicos caso a mudança ocorra.

Sesap desconhece plano de transferência
Entre o final de maio e o início deste mês, o Sindsaúde Mossoró tomou conhecimento da denúncia e foi até Assú para investigar o caso. Em reunião com o diretor geral do hospital, Flávio Cruz, o sindicato soube que a transferência do setor é discutida há mais ou menos seis anos de forma extra-oficial. Entretanto, o diretor afirmou que a Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (SESAP) desconhece esse plano de mudança da Obstetrícia. O próprio diretor se mostrou contrário ao possível projeto. “Não tem o menor sentido isso. Aqui nós temos todas as condições para garantir o funcionamento da maternidade, o que já não existe nessa tal clínica. Eu sou contra a transferência do serviço.”, disse.

O coordenador do Sindsaúde Mossoró, João Morais, conversou com a subsecretária de saúde pública da Região Oeste, Dorinha Burlamaqui, que também negou a intenção do governo em transferir o serviço para uma clínica privada. “As fontes oficiais negaram que houvesse qualquer movimentação no sentido de terceirizar a Obstetrícia. O que existe são só os boatos da vontade desse médico. Mas o sindicato vai ficar de olho na situação para impedir a transferência e o fechamento deste serviço.”, destacou João Morais.

A também coordenadora do Sindsaúde, Maria das Dores, servidora no hospital de Assú, alertou sobre os prejuízos de uma possível transferência da Obstetrícia para uma clínica privada. “Com uma transferência do serviço, todos os servidores do hospital seriam prejudicados com a diminuição de 40% da Produtividade. Além disso, os seis obstetras daqui ficariam sem ter onde trabalhar, já que o setor seria fechado e terceirizado. Todos os trabalhadores são contra isso. Os recursos do SUS são públicos e devem ser investidos na saúde pública, e não em clínicas privadas.”, afirmou Maria das Dores.

Os serviços do Hospital Dr. Nelson Inácio dos Santos abrangem 16 municípios da região, entre eles Alto do Rodrigues, Angicos, Carnaubais, Ipanguaçu, Itajá, Paraú e Pendências. O setor da Obstetrícia possui 14 leitos e realiza por mês uma média de 60 a 70 partos. Por falta de investimentos e irresponsabilidade dos governos, o hospital não dispõe de uma UTI Neonatal, o que obriga os pacientes a serem transferidos para outros hospitais.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Trabalho Precário

MUNICÍPIOS DO RN MANTÊM TRABALHADORES COM VÍNCULOS PRECÁRIOS

Na grande maioria dos municípios do RN, predominam as relações de trabalho precárias, principalmente no PSF. O concurso público é uma exceção. A falta de vínculo legal que assegure os direitos trabalhistas e previdenciários está fazendo com que a maioria dos jovens que ingressa na saúde viva hoje uma situação de imensa instabilidade no emprego e falta de proteção à saúde, como férias, licença-maternidade, entre outros direitos.

É necessário uma luta estadual que obrigue as prefeituras a legalizar o vínculo de trabalho desses trabalhadores municipais e que acabe com a precarização do trabalho na saúde.

Os agentes comunitários de saúde e agentes de endemias tiveram, em grande parte, o seu vínculo reconhecido. No entanto, são as categorias menos valorizadas na saúde, pois tem os menores salários e uma jornada de trabalho de 8 horas sem receber uma melhor remuneração.

O Piso Nacional dos agentes de saúde até o momento não saiu do papel e não sairá caso não haja uma mobilização nacional da categoria. O Sindsaúde deve acompanhar de perto a luta nacional pelo piso dos agentes de saúde e incentivar a participação da categoria.

domingo, 29 de maio de 2011

Cadê a democracia?

SOMOS CONTRA PARTICIPAÇÃO DO SINDSAÚDE EM COOPERATIVA FINANCEIRA

Uma prova da ausência da base do Sindsaúde para decidir os rumos da entidade é a participação do sindicato numa cooperativa financeira junto com o Sindicato dos Médicos, Sindicato dos Odontólogos, Sindicato dos Profissionais de Enfermagem da Força Sindical e Sindicato dos Técnicos em Radiologia. Sem fazer nenhuma discussão com a base, a diretoria do Sindsaúde anunciou a formação da cooperativa, que de fato se propõe a ser um banco.

Além da participação financeira individual dos sócios, o sindicato irá aplicar cerca de R$150 mil, conforme anunciou em um dos jornais do Sindsaúde de 2011. Diante desta situação, a Oposição CSP-Conlutas no Sindsaúde/RN se coloca CONTRA A PARTICIPAÇÃO DO SINDSAÚDE NESTA COOPERATIVA FINANCEIRA. Saiba as razões:

1 - A principal missão de um sindicato é a LUTA. Todo recurso financeiro da entidade deve estar à disposição das necessidades políticas da categoria. Isto não vem acontecendo no Sindsaúde. As nossas greves não contam com campanha na mídia, seja através de nota na TV, outdoor ou qualquer outro instrumento de comunicação.

2 - A criação de uma cooperativa financeira ou banco reforça a dependência dos trabalhadores aos empréstimos que, por menor que seja a taxa de juros, ainda será gigantesca, pois no Brasil se praticam os maiores juros do mundo. Ao invés de retirar dinheiro do sócio para investir num banco que irá lhe emprestar seu próprio dinheiro a juros, o Sindsaúde deve investir em instrumentos que fortaleçam a organização e a luta de todos os trabalhadores da saúde;

3 - Hoje o poder financeiro do Sindsaúde vem da contribuição voluntária dos seus sócios que, em tese, devem definir onde aplicar os recursos do sindicato. Com o investimento no mercado financeiro por meio de uma cooperativa, os diretores do Sindsaúde passarão a administrar recursos além da contribuição sindical dos seus sócios. Isso pode fazer com que o sindicato percam os rumos da luta, como vem ocorrendo com sindicatos da CUT e da Força Sindical.Estes utilizam recursos de cooperativas e fundos de pensão para impor aos trabalhadores uma política de submissão diante de patrões e governos. Além disso, o enriquecimento ilícito dentro do Sindicato pode acontecer, nesta ou em outra diretoria.

sábado, 28 de maio de 2011

Eleições Sindsaúde/RN São Gonçalo

CHAPA 1 VENCE COM 77% DOS VOTOS

A eleição da nova diretoria do Núcleo Municipal do Sindsaúde de São Gonçalo do Amarante, para o triênio 2011- 2014, ocorrereu nos dias 25 e 26 de maio e contou com a participação de 84,5% dos sindicalizados. Vencedera da eleição, a Chapa 1- Resistir, Lutar e Avançar conquistou 77% votos válidos. Já a Chapa 2 - Saúde de São Gonçalo em Ação e Renovação obteve 23% dos votos válidos. Nulos somaram 3% e brancos 1%.

A eleição transcorreu de forma organizada, sem registro grandes incidentes, tendo à frente da Comissão Organizadora a assistente social do Walfredo Gurgel e militante do PSTU, Rosália Fernandes, a professora e diretora do Sinte São Gonçalo, Cristiane Nunes, e a servidora do PSF Regomoleiro Márcia Régia. O pleito contou com a colaboração import
ante de ativistas da saúde, da educação, da CSP-Conlutas e de partidos de esquerda.

Na avaliação dos membros da Chapa 1- Resistir, Lutar e Avançar, a vitória com 77% mostra que os servidores da saúde de São Gonçalo acreditam e confiam em sua direção, pois tem uma experiência de longos anos nos quais, mesmo havendo alternância de seus membros, são preservados princípios valiosos para os trabalhadores, como a DEFESA DOS TRABALHADORES, A ORGANIZAÇÃO DAS LUTAS, A INDEPENDÊNCIA DOS GOVERNOS E A DEMOCRACIA.

Esta vitória também demonstra que, apesar dos ataques sofridos pelo prefeito Jaime Calado (PR), que persegue, congela salários e nega direitos, a categoria reconheceu que a atual diretoria do Núcleo de São Gonçalo lutou e manteve-se firme na defesa dos servidores. A Chapa 1- Resistir, Lutar e Avançar enfrentou a diretoria estadual do Sindsaúde, que por mais de uma semana disponibilizou seus principais dirigentes neste muncípio e toda estrutura financeira e patrimonial. De forma desigual, a diretoria do Sindsaúde estadual disponibilizou dois dos três carros do sindicato para a Chapa 2, demonstrando que o patrimônio do Sindsaúde não é utilizado de forma justa e democrática entre seus sócios, e sim para servir aos interesses da sua direção como é a prática dos governantes que se apoderam do bem público em benefício político.

A Chapa 1 - Resistir, Lutar e Avançar renova a diretoria do Núcleo em 60% dos seus membros, apostando na formação de novos servidores para se tornarem dirigentes sindicais capazes de defender a sua categoria, organizar as lutas e continuar o legado de independência política em relação aos governantes. A Chapa 1 agradece o apoio e o voto de todos(as) e faz o convite para caminharmos juntos com o Núcleo para que este seja instrumento na luta por dias melhores para trabalhadores, usuários dos serviços públicos, e por uma sociedade igualitária.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Governos

INFLAÇÃO AUMENTA E DILMA CORTA DIREITOS; ESTADO E MUNICÍPIO ARROCHAM SALÁRIOS

No Brasil, a situação não é diferente. Aqui a inflação aumenta os preços dos alimentos e diminui o salário dos trabalhadores. Neste sentido, com pouco mais de cem dias do Governo Dilma, assistimos a greves que explodem em todo o Brasil em várias categorias e, principalmente, no setor da construção civil, em que os trabalhadores das obras do PAC são submetidos a condições subumanas, salários baixos e nenhum direito garantido.

Tal situação fez quase 100 mil trabalhadores entrarem em greve e proporcionou revoltas como as aconteceram em Jirau, que o governo e as centrais governistas (CUT e Força Sindical) responderam com mais crédito para as empreiteiras e demissão de mais quatro mil trabalhadores envolvidos nas greves.

Dilma também iniciou seu governo com um corte no orçamento do país de mais de R$ 50 bilhões. Dinheiro que seria destinado aos serviços públicos, como educação e saúde. Agora, juntamente com seus assessores e o Congresso Nacional, Dilma prepara mais uma reforma da previdência para aumentar a idade de aposentadoria e encher os bolsos dos banqueiros internacionais.

O RN segue o mesmo caminho do governo federal. Aqui no Estado a recém-eleita governadora Rosalba Ciarlini (DEM) já começa a botar em prática seus planos de arrocho salarial e sucateamento dos serviços. Os efeitos já podem ser sentidos na atual crise de abastecimento dos hospitais, no não pagamento das férias atrasadas e dos salários dos concursados, no fechamento de 300 escolas.

No município de Natal, temos assistido a uma privatização escancarada dos serviços em geral. A prefeita Micarla de Souza sucateou, fechou e cedeu os serviços públicos aos empresários. Além de promover arrocho salarial e péssimas condições de trabalho. A prefeita governa para o lucro dos patrões contra os trabalhadores, a exemplo do último aumento das passagens de ônibus.